Empresários querem menor influência do governo no setor elétrico
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Estudo conduzido pela Deloitte mostrou quais são as expectativas dos empresários em relação ao governo que vai assumir em 2019: menos interferência nos setores estratégicos, como a energia
Uma pesquisa conduzida pela Deloitte logo após a eleição de Jair Bolsonaro mostrou algumas das expectativas dos empresários para 2019. Denominado de “Agenda 2019”, o estudo procurou entender qual será o posicionamento dos empreendedores brasileiros em relação aos investimentos, mas também identificar o que esperam do governo Bolsonaro a partir do dia 1º de janeiro do próximo ano.
Realizado entre os dias 28 de outubro e 05 de novembro, o estudo ouviu 826 organizações de 32 segmentos econômicos, cuja soma de receitas foi de R$ 2,8 trilhões no último ano – o equivalente a 43% do PIB do país. Mais importante: 2/3 dos entrevistados são pessoas que respondem pela tomada de decisões estratégicas por parte das companhias.
A influência do Estado
No momento em que cresce a discussão sobre qual deve ser o tamanho e nível de interferência do governo na economia e na sociedade, a pesquisa “Agenda 2019” apontou que a visão predominante do empresariado varia de acordo com a atividade avaliada. As áreas que mais requerem um Estado forte atuando, na visão dos entrevistados, são as de segurança pública (indicada por 93% deles), saúde (79%) e educação e formação técnica (71%).
Já os setores nos quais a intervenção do Estado deve ser menor são os de serviços bancários (73%), siderurgia e metalurgia (71%) e telecomunicações (69%). Na sequência, aparece o setor de energia elétrica (60%). De fato, a energia elétrica é um dos fatores que interfere na competitividade do país.
Em entrevista ao jornal O Globo, o sócio e porta-voz da Deloitte Brasil, Othon Almeida, afirma que o setor privado deve ganhar mais peso em 2019. “A conclusão que nós tiramos é que determinadas ações do ciclo produtivo, que exigem grande capacidade de investimentos em capital intensivo, deve ter à frente o setor privado. O governo deve cuidar da formulação de políticas públicas mais contundentes, para que o Estado realmente defina as regras do jogo”, afirmou.
Confira outros pontos estratégicos da pesquisa:
Como estimular o ambiente de negócios?
– Melhorar e ampliar as PPPs – 52%
– Ampliar a oferta de crédito às empresas – 51%
– Investir na melhoria dos processos de abertura e fechamento de empresas – 48%
– Mais incentivo para se adaptar aos conceitos da Indústria 4.0 – 48%
– Mais incentivos tributários para programas, pesquisas e projetos de inovação – 48%
Prioridades em reformas:
– Reforma Tributária – 93%
– Reforma Previdenciária – 90%
– Reforma Política – 80%
– Revisão das Leis Trabalhistas – 36%
Mais otimismo
Segundo a pesquisa, há uma previsão de investimentos por quase a totalidade dos empresários para 2019 (97%).
– 60% pretendem lançar novos produtos ou serviços
– 56% devem adotar novas tecnologias
– 49% manterão iniciativas de treinamento e formação para funcionários
– 38% criarão novas iniciativas para treinar funcionários
– 37% pretendem implementar medidas disruptivas
Qual a sua expectativa para 2019? Sua companhia também projeta crescimento? Os resultados podem ser ainda melhores se houver uma otimização do consumo de energia elétrica. Entre em contato com a Solfus!