Fundo visa instalar painéis solares no Norte, Nordeste e Centro-Oeste
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Residências das três regiões terão um fundo de R$ 3,2 bilhões para financiar a instalação de placa para captar energia solar
O governo brasileiro facilitou a aquisição e instalação de placas fotovoltaicas em residências e condomínios localizados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. Para isso, foram estabelecidas linhas de crédito de R$ 3,2 bilhões para investimentos, com juros mais baixos do que as taxas de mercado e prazos mais longos de pagamento.
Os recursos serão administrados pelos Fundos Constitucionais das três regiões, visando suportar a implantação de micro e mini geradores de energia elétrica tomando como base a energia solar – aliás, a introdução de energias intermitentes na matriz energética está em discussão. Estimativas da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que, até 2024, cerca de 1,2 milhão de residências do país vão investir na prática da geração distribuída – a produção própria por residências e empresas.
Trata-se de uma tendência que promete se desenvolver no país ao longo dos próximos anos. Estima-se que a incidência diária de sol no país possa gerar entre 4.500 Wh/m2 a 6.300 Wh/m2. Por esse motivo, o governo projeta que o Brasil possa integrar o ranking dos 20 maiores produtores de energia solar ainda em 2018.
De acordo com o Ministério da Integração Nacional, será possível financiar todos os bens e serviços necessários à viabilização do sistema: a compra das placas e a instalação. Estima-se que, em 2018, sejam realizadas ao menos 10 mil operações.
A iniciativa tem três objetivos específicos: (1) reduzir o consumo de energia, (2) impactar positivamente na renda faz famílias e, por fim, (3) fortalecer as fontes de energia renovável na matriz brasileira. “Isso [o fundo] estará ampliando a oferta de energia limpa, de qualidade, respeitando o meio ambiente”, afirmou o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho.
Taxas e prazos
Para cada região, há diferenças nos juros e períodos disponíveis para o pagamento.
– Região Nordeste – Juros anuais de 6,24%, com pagamento em até 12 anos, sendo quatro anos de carência.
– Região Norte – Juros anuais de 6,24%, com pagamento em até 36 meses, sendo dois meses de carência.
– Região Centro-Oeste – Juros anuais de 7,33%, com 24 meses de prazo para pagamento, sendo seis meses de carência.
As diferenças de taxas e prazos se devem às especificidades de cada região, sendo a Nordeste a mais propícia para esse tipo de investimento devido à incidência de sol e à probabilidade de geração de energia. Quem tiver interesse na iniciativa, deve procurar os bancos que serão responsáveis pela operação em cada região: Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e, no Centro-Oeste, Banco do Brasil.
Outra vantagem é o fato de a tecnologia estar em desenvolvimento, a ponto de novas possibilidades já estarem em discussão em outros mercados, como na China. Além disso, a energia eólica também está em curva ascendente de crescimento.
Interesse popular
Muitas famílias demonstraram interesse neste tipo de investimento, segundo uma pesquisa realizada pelo instituto de pesquisa DataFolha, em 2016. Com base nos resultados, é possível afirmar que 80% dos brasileiros desejavam energia solar fotovoltaica em casa, desde que tivessem acesso a um financiamento competitivo.
Em outras palavras, muitas famílias procuravam taxas e prazos para pagamento mais simplificados, que justificassem o investimento neste tipo de energia a ponto de gerar uma relação custo-benefício vantajosa no médio e longo prazo. Sem o fundo governamental, as condições inviabilizavam esse tipo de prática.
Não à toa, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) estima que o maior gargalo do mercado é o financiamento das tecnologias e da instalação.
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