Indústria 4.0: evolução tecnológica vai otimizar o consumo de energia elétrica
Imagem: Pexels
Conexão constante entre os dispositivos tende a mudar o uso de energia, mas também oferecer um controle mais amplo aos gestores das fábricas na indústria 4.0
Você já conhece o conceito de Indústria 4.0?
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) define como a integração entre as tecnologias físicas e digitais nas etapas de desenvolvimento, de engenharia da produção e da cadeia produtiva até a conclusão do processo. Portanto, significa mais do que simplesmente automatizar o processo fabril, mas integrá-lo e ter as informações específicas para tal.
Essa quarta revolução industrial considera o investimento em tecnologia para gerir as indústrias como um todo. Parte-se do princípio de que a empresa terá um sistema de gestão, como um ERP, que será integrado aos novos recursos. Entre as possibilidades de futuro, encontram-se, sobretudo, a chamada Internet das Coisas (tecnologia que conecta e coleta informações entre os equipamentos) e o Big Data (técnica usada para coletar e analisar o grande volume de dados gerados por essa informação).
Fato é que as empresas do Brasil ainda têm um largo caminho a percorrer a fim de integrarem os seus processos produtivos às melhores práticas de mercado – especialmente em comparação com concorrentes europeus ou de países como Estados Unidos, China e Japão. Também é preciso considerar as necessidades de investimento por parte do governo para que a infraestrutura suporte as novas demandas.
Um estudo conduzido pela Fundação Getúlio Vargas acompanhou a evolução da capacidade tecnológica dos parques industriais brasileiros entre 2003 e 2014. De acordo com o levantamento, apenas 8% das fábricas do país podem se considerar no topo da inovação em liderança mundial – menos de 1 a cada 10 indústrias do país podem ser consideradas extremamente inovadoras, posição na qual se encontra a Indústria 4.0
O uso da energia elétrica na indústria 4.0
O investimento em novos equipamentos, o uso constante da tecnologia e dos novos dispositivos promete revolucionar o consumo de energia elétrica por essas fábricas. Trata-se de algo muito importante, em função da influência da energia no custo final dos produtos desenvolvidos.
Se, por um lado, há uma promessa de aumento do uso de energia, por outro lado, ele parece ser mais otimizado. Explica-se: com as informações disponíveis, os gestores terão real noção da capacidade produtiva e da ociosidade dos equipamentos, o que tende a gerar impactos na previsibilidade e no consumo de energia.
A consultoria McKinsey estimou algumas das influências que serão trazidas pela Indústria 4.0 às fábricas:
– Uma otimização do consumo de energia entre 10 e 20%, justamente pelo melhor controle dessas informações;
– Uma redução dos custos com a manutenção de equipamentos que pode chegar a 40% em função da otimização de seu uso;
– Aumento da eficiência e da produtividade (das máquinas e da força de trabalho humana) de 10 a 25%;
Assim como o poder público, as próprias organizações podem começar a se preparar, produzindo a sua própria energia elétrica.