A tecnologia pode reduzir a sua conta de energia
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Integração dos sistemas de TI, que permitem o controle constante do consumo, pode simplificar a identificação de perdas técnicas e até mesmo furtos de energia, o que está sendo realizado pelas concessionárias
O total de energia elétrica gerado no país em 2016 foi de 327 TWh, sendo que 13,9% desse total – o equivalente a 45,4 TWh – não foram comercializados, segundo informações da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee). Trata-se de um prejuízo enorme para o setor, que se deve a duas razões:
Perdas Técnicas – Ocorrem por questões inerentes à operação do sistema, como problemas na transmissão, apagões, falta de infraestrutura, dissipação de energia, entre outros aspectos.
Perdas Comerciais – Normalmente acontecem por fraudes, alterações na transmissão de energia, ou furtos, como as ligações clandestinas – os famosos “gatos”.
As perdas técnicas são aquelas que mais afetam os grandes consumidores – vale ressaltar que, em uma indústria, o custo da energia elétrica é considerado um dos grandes desafios pelos empresários, atrás apenas da carga tributária. Em alguns setores, como a siderurgia, por exemplo, a energia elétrica pode representar até 40% dos custos produtivos.
Ou seja, otimizar o gasto com energia pode ser benéfico para o caixa da companhia e um investimento de excelente custo-benefício, propiciando retorno em curto prazo.
Investimento em tecnologia
A união entre o setor de Tecnologia da Informação e os responsáveis pelos custos energéticos gera benefícios para a empresa. Ao instalar equipamentos para monitorar o fornecimento e a dissipação de energia, o setor técnico pode fazer um acompanhamento constante e completo da situação energética da companhia.
As próprias fornecedoras costumam buscar identificar as irregularidades em seu fornecimento. No entanto, ser capaz de encontrar todas as falhas é como procurar uma agulha em um palheiro, se levarmos em conta o número de consumidores. Para tal, normalmente, busca-se encontrar anomalias no consumo (como aumentos ou reduções drásticas), o que costuma ser detectados pelos algoritmos e leva a uma investigação mais densa.
Nesse contexto, novas tecnologias, como o machine learning, costumam ser muito efetivas nesse trabalho. Essa tecnologia percebe padrões que podem ser considerados irregulares, tanto devido às perdas comerciais quanto às técnicas, criando alertas no sistema. O machine learning vai aprendendo, com o passar do tempo, o que pode ser identificado como uma anomalia, a partir dos dados internos da própria concessionária.
Por esse motivo, há uma tendência de que cada vez mais, as perdas sejam reduzidas, embora seja praticamente impossível que sejam totalmente eliminadas, pois são inerentes ao processo.
Não dependa da concessionária
Por outro lado, especialmente entre os grandes consumidores que conhecem o peso da energia elétrica e buscam reduzir sua influência, é possível fazer um monitoramento completo e diário do fornecimento de energia, relatando quaisquer irregularidades encontradas. Entre os direitos do consumidor, encontra-se “ser ressarcido por valores cobrados e pagos indevidamente, com correção monetária e juros”.
Portanto, se a companhia perceber algum tipo de irregularidade no fornecimento, o que pode ser detectado por meio de serviços oferecidos pela Solfus, como relatórios de energia ou medição de energia, é importante comunicar esse tipo de problema, sendo uma obrigação da concessionária resolvê-lo. Trata-se de um tipo de investimento de grande custo-benefício, sobretudo entre os grandes consumidores.