5/11/2018

Estabelecimentos apostam na energia solar para reduzir custos

Imagem: Divulgação/Tierra Atacama/Juan Jaeger

Hotéis ao redor do mundo têm buscado meios de reduzir a fatura de energia, tanto dentro quanto fora do país; conheça alguns exemplos

Empresas ao redor do mundo têm investido em ferramentas e tentativas de reduzir o custo da energia elétrica, especialmente por meio da energia solar. Por óbvio, os estabelecimentos estão localizados em locais com grande incidência de sol – algo relativamente tranquilo de se encontrar em diferentes regiões do Brasil, com destaque para o Nordeste. Dois hotéis localizados nos Estados Unidos e no Chile são exemplos desse tipo de iniciativa.

A High Hotels afirmou que vai instalar um painel de US$ 1,5 milhão para gerar 100% da energia elétrica necessária na operação do Courtyard By Marriott, localizado na Pensilvânia, e que conta com 133 quartos. Cerca de 2,7 mil painéis fotovoltaicos serão instalados no telhado do centro corporativo da empresa, com capacidade para produzir 1,2 milhão de quilowatts-hora – energia que responde pelo total consumido pelo hotel, de 1,1 milhão de quilowatts-hora.

Outra iniciativa conhecida é do Tierra Atacama Hotel & Spa, localizado em San Pedro de Atacama, no Chile. Com 32 quartos, o empreendimento é considerado o primeiro da América do Sul capaz de suprir a totalidade de suas necessidades. No hotel, foram instalados 588 painéis fotovoltaicos e um banco de baterias, aptos a armazenar 335 quilowatts-hora. Ou seja, um sistema híbrido.

No Brasil

Assim como na indústria, a energia elétrica é um dos grandes custos deste segmento e soluções para reduzir o peso da energia nos negócios vem sendo tentadas – um exemplo é a Localiza, que busca ser autossuficiente até 2019. Além disso, o próprio governo está incentivando esse tipo de iniciativa – seja como um exemplo por meio dos prédios públicos ou com fundos específicos para facilitar a compra desse tipo de equipamento.

Há ainda desafios para o setor energético brasileiro. Um deles, segundo a consultoria PwC, é justamente ter sucesso em uma oferta descentralizada e a regulamentação de uma geração distribuída – para os consumidores que produzem sua própria energia e poderiam devolver o excedente ao sistema.

Embora essa realidade possa parecer distante, é fato que a evolução da tecnologia e a inclusão da energia solar (e eólica) nas discussões sobre o setor energético parecem trazer um respiro de inovação, além de oferecer uma perspectiva de futuro para quem já busca esse tipo de investimento.

O Hotel Spaventura, a cerca de 75 quilômetros de São Paulo, já gera energia suficiente para cobrir o seu próprio consumo. Para tal, foram instaladas 167 placas fotovoltaicas, capazes de gerar 5 mil Kwh por mês. A instalação foi feita no longínquo ao de 2013 – um grande intervalo, se considerarmos a velocidade como essas tecnologias estão evoluindo na mesma proporção em que têm os custos reduzidos. O mesmo foi feito pelo Hotel Pousada Vale do Sol, em Pompéia (SP), com investimento de R$ 230 mil.

Para tal, esses estabelecimentos se baseiam na Resolução 482 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que permite ao consumidor produzir sua própria energia e devolver o restante à distribuidora. Não há necessidade de que a instalação esteja no mesmo estabelecimento ou terreno – pode ser outra área, desde que coberta pela mesma concessionária de energia.

Juros mais baixos

Estabelecimentos de turismo com faturamento anual de até R$ 10 milhões contam com uma linha de crédito que visa a modernização ou ampliação dos empreendimentos, o Proger Turismo. Ele financia projetos de até R$ 1 milhão, com prazo de até 120 meses, com taxas de juros menores e encargos reduzidos.

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