Brasil deve cair em ranking de energia renovável
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Segundo Agência Internacional de Energia, o país deve sair da 3ª para a 5ª posição até 2023, sendo ultrapassado por Alemanha e Índia e observado de perto pelo Japão
O Brasil é privilegiado em muitos aspectos, incluindo o energético. Ao contrário de outras regiões do mundo, o país apresenta um enorme potencial para a geração de energia limpa e renovável devido aos seus aspectos geográficos: grande incidência solar em boa parte de seu território; ventos constantes, ideais para a geração de energia eólica, sobretudo no Nordeste e no Rio Grande do Sul; por fim, uma grande quantia de rios, que permitem a construção de hidrelétricas.
Segundo um ranking da Agência Internacional de Energia (AIE), o Brasil deve cair para a quinta colocação no índice que mede os países que mais investem nesses modais – além de China e Estados Unidos, Alemanha e Índia devem passar o país. Estima-se que, nos próximos cinco anos, a capacidade instalada de energia no Brasil cresça de 134 GW para 149 GW – sendo que 1 GW é capaz de abastecer 1,5 milhão de pessoas.
A Alemanha, até 2023, deve saltar de 126 para 152 GW, e a Índia, de 123 para 217 GW. O Japão também deve surgir no retrovisor brasileiro, com 135 GW.
Renováveis em expansão
De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), 42,9% da energia produzida no país foi renovável em 2017, sendo que 17% foi da biomassa de cana, 12% da hidráulica e 5,9% de outras renováveis, entre as quais se encontram a eólica e a solar. No entanto, em uma análise mais aprofundada desses dois tipos, eles apresentam crescimentos exorbitantes na comparação entre 2016 e 2017: de 26,5% para a eólica e de incríveis 875,6% para a solar.
Não é segredo nem exagero afirmar que, com um pouco de tecnologia, planejamento e incentivo, o Brasil poderia estar na vanguarda do uso de energias limpas, assim como liderando o ranking dos países que mais investem neste tipo de energia. Algumas iniciativas que têm sido colocadas em prática:
– Projeto de lei prevê que prédios públicos gerem sua própria energia renovável;
– Fundo visa instalar painéis solares no Norte, Nordeste e Centro-Oeste;
– O crescimento da Eólica, que já chegou a atingir a casa de dois dígitos em produção energética do Brasil em alguns meses;
O problema da intermitência
O que a água, o vento e a luz do sol têm em comum? Eles não são constantes. É impossível produzir energia solar à noite; e o mesmo raciocínio se aplica aos outros modelos, sobretudo nas hidrelétricas que foram construídas no sistema “fio d’água” – em outras palavras, não contam com reservatórios, como ocorre com Itaipu, por exemplo. A oferta descentralizada e um ambiente sustentável são desafios do setor energético brasileiro.
Nada impede, por exemplo, que a energia produzida nesses modais seja armazenada para que possa ser aplicada no futuro. No entanto, na prática, essa possibilidade demanda grandes investimentos, sobretudo no sistema energético brasileiro como um todo. Para que haja segurança nesses novos modais, há necessidade de que esse tipo de aplicação de recursos seja feito, de modo a fazer com que as fontes intermitentes cresçam a passos largos.
Com os constantes aumentos na conta de energia, os empresários e o consumidor residencial esperam que novas alternativas sejam desenvolvidas para que o brasileiro não fique dependente da quantidade de chuvas do período úmido. Algumas empresas já apostam na energia solar para reduzir custos. Quer acompanhar algum assunto no blog? Entre em contato conosco!