Brasil desperdiça R$ 71 milhões por dia com energia elétrica
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Levantamento da Abesco mostrou que, somente em 2017 e 2018, o país desperdiçou R$ 52 bilhões
Um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) mostrou que o Brasil perdeu R$ 52 bilhões nos últimos dois anos com desperdícios de energia elétrica. São cerca de R$ 71 milhões que vão para o ralo todos os dias – representam quase a metade da produção de Itaipu para o mesmo período. De 2013 a 2016, o mesmo levantamento indicou o desperdício de 143,6 gigawatt/hora – o equivalente a R$ 61,7 bilhões.
Para se ter ideia, o Rio Grande do Norte, que tinha o 18o maior Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2016 – conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) –, foi de aproximadamente 60 bilhões. Ou seja, há pelo menos dez estados do país com receitas menores do que o desperdício de energia computado no país: Paraíba, Alagoas, Piauí, Rondônia, Sergipe, Tocantins, Amapá, Acre e Roraima.
As estimativas da Abesco para 2016 foram de que o país consumiu 460,3 GWh – 164,2 GWh das indústrias, 88,1 GWh do setor comercial e 132,8 GWh de residências. Sem o desperdício de energia registrado do período entre 2013-2016, a economia para o país seria de R$ 20,4 bilhões. O presidente da Abesco, Alexandre Moana, defende o investimento em eficiência energética: “temos uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo, porém com altos níveis de desperdício”.
Os vilões
De acordo com o levantamento, a indústria é o principal segmento que impacta nesta estatística, visto que é responsável pelo consumo de aproximadamente 40% do que se produz no país. Ao contrário do que se pensa, a iluminação está longe de ser a principal vilã: os motores elétricos é que são os responsáveis. Devido à dificuldade de dimensionar a carga dos motores aos equipamentos elétricos, é comum que esse seja a principal razão para os problemas.
Uma das soluções que pode ser adotada por fábricas e por empresas interessadas é o gerenciador de energia – que está no portfólio de serviços da Solfus. Trata-se de um serviço que faz medições específicas dos equipamentos e máquinas empresariais, elaborando relatórios informativos com o consumo por hora e o seu custo dentro da fatura de energia. Com esses dados em mãos, as companhias podem se planejar e buscar formas de evitar o problema, entendendo exatamente como deve ser feita essa gestão.
Outro investimento possível é na correção do fator de potência: os capacitores controlam a oscilação de potência – evitando o mau funcionamento dos dispositivos – e eliminam a chamada energia reativa excedente. De maneira simplificada: a energia reativa produz o fluxo magnético nas bobinas dos equipamentos, enquanto a ativa é aquela que executa, de fato, as tarefas, fazendo os motores girarem. A energia reativa usada deve ser a menor possível – caso contrário, gera valor excedente na fatura.
Segundo a Copel, “o excedente reativo é a parcela de consumo ou demanda de potência reativa que excede ao limite estabelecido. O fator de potência 0,92 implica numa proporcionalidade entre energia ativa e reativa. Se a energia reativa em determinado instante for superior à parcela proporcional à energia ativa naquele instante, será cobrado o excedente, cumulativamente, a cada intervalo de 1 hora”.Por esse motivo, os investimentos em conservação de energia costumam resultar em benefícios às companhias, otimizando os recursos e diminuindo os custos mensais. Quer reduzir os desperdícios da sua empresa ou gerar a sua própria energia? Entre em contato com a Solfus.