Crescimento de 6% e 34% de economia no mercado livre de energia
Crédito: Divulgação/Ari Versiani/PAC
Tarifa média das distribuidoras foi de R$ 253/MWh no mercado cativo, enquanto o Mercado Livre foi de R$ 167/MWh; a economia no mercado livre de energia nos últimos 10 anos foi de R$ 200 bilhões
Em 2019, o Mercado Livre de energia elétrica teve um crescimento de 6%, movimentando R$ 134 bilhões. Parte desse crescimento se deve ao aumento do número de consumidores que migraram do mercado cativo para o Livre. A Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) informou que, no ano passado, 1.161 novos consumidores fizeram a migração – o que significa um crescimento de 20% sobre a carteira de clientes em um ano.
A economia média obtida pelos consumidores em relação ao mercado cativo foi de 34%, segundo a Abraceel. Em seu balanço, a entidade estimou que a tarifa média das distribuidoras para os clientes cativos foi de R$ 253/MWh, enquanto o Mercado Livre ficou em R$ 167/MWh.
Em dez anos, as projeções são de que o Mercado Livre resultou em uma economia de R$ 200 bilhões para os consumidores. Ao todo, o mercado livre conta com 324 comercializadores e 6.870 consumidores.
Em outubro do ano passado, um levantamento da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) mostrou que os custos com encargos do mercado cativo são 10% maiores do que no Livre.
Expectativa positiva
As expectativas da entidade para os próximos anos são positivas, especialmente com a publicação da Portaria 465, de 12 de dezembro de 2019.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME), a medida “é fruto do amadurecimento desse tema ao longo dos últimos meses, por meio das análises que vêm sendo realizadas pelo Ministério, no âmbito do grupo de Modernização do Setor Elétrico”.
Com base na nova regulamentação, haverá uma redução nos limites de carga para a contratação de energia do Mercado Livre:
– A partir de 1º de janeiro de 2021, os consumidores com carga igual ou superior a 1.500 kW;
– A partir de 1º de janeiro de 2022, os consumidores com carga igual ou superior a 1.000 kW; e
– A partir de 1ª de janeiro de 2023, os consumidores com carga igual ou superior a 500 kW.
O presidente da Abraceel, Reginaldo Medeiros, afirmou, ao site da instituição, que 80 milhões de consumidores poderiam se beneficiar da economia, caso houvesse abertura total do mercado.
Nesse cenário, a economia total gerada poderia atingir R$ 12 bilhões. “Mesmo que a abertura atingisse hoje somente a parcela do setor produtivo que ainda está fora desse mercado, já teríamos redução de R$ 7 bilhões nessas contas corporativas e poderíamos gerar no Brasil algo em torno de 420 mil postos de trabalho”, diz.
Cuidados
Embora a economia no mercado livre de energia obtida tenha sido, em média, de 34%, é importante que cada companhia faça uma avaliação adequada antes de fazer a migração. Como cada empresa negocia diretamente as suas tarifas, há momentos de maior pressão sobre o sistema – o que faz com que as negociações fiquem mais caras.
Nesse contexto, recomenda-se a contratação de uma consultoria em Mercado Livre, como a oferecida pela Solfus, capaz de identificar as oportunidades, indicar possíveis riscos e obter os melhores resultados.