Você sabe o que é autoconsumo remoto?
É possível gerar energia em um endereço com maior incidência do sol e transferir esse crédito para outra localidade, desde que estejam sob uma mesma titularidade; conheça mais sobre o autoconsumo remoto
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A geração distribuída (GD) vem crescendo gradativamente no país. As dificuldades de abastecimento e o alto custo da energia elétrica no país deram, recentemente, um impulso aos investimentos, feitos tanto por consumidores residenciais quanto comerciais. E um dos caminhos usados para isso é o chamado autoconsumo remoto, uma das modalidades criadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Trata-se de uma regra que permite ao consumidor instalar seu sistema gerador de energia em um local distinto. Caso esteja em uma grande cidade, por exemplo, é possível fazer o investimento em uma fazenda solar ou em um parque eólico. Se o consumo da localidade for superior ao produzido, é preciso pagar a diferença. Mas, se for inferior, o consumidor fica com créditos para abater nas faturas seguintes.
Essa possibilidade e a maior disseminação da modalidade – que foi regulamentada pela Aneel em 2016 – permitiu uma grande ampliação dos interessados em investir em geração distribuída. Em 2017, por exemplo, o país contava com 230 MW de potência instalada em GD, sendo 11% em autoconsumo remoto. O número saltou para quase 7 mil MW em 2021, com 14% na modalidade, conforme dados de agosto deste ano da Aneel – o mesmo movimento ocorreu com as eólicas, como mostramos neste artigo.
Autoconsumo remoto: uma evolução dentro da GD
A possibilidade de gerar a sua própria energia foi considerada uma inovação dentro do sistema energético brasileiro, especialmente com a disseminação da tecnologia solar. O autoconsumo remoto foi uma evolução da GD, que pode ser usada especialmente por empresas de médio ou grande porte, com diversas sedes espalhadas pelo país.
Uma das regras é que, para que o autoconsumo remoto seja possível, os dois locais escolhidos – o que terá a conta abatida e o que produzirá energia – devem pertencer ao mesmo titular, seja pessoa física (CPF) ou jurídica (CNPJ). Portanto, a modalidade também é autorizada para consumidores residenciais, desde que sigam a regra.
Veja alguns benefícios:
– Redução de custos e retorno de investimento – O primeiro grande benefício é a redução de custos com a energia elétrica, o que é buscado pela maioria das empresas, em especial as indústrias. Com a diminuição dos custos dos materiais solares, torna-se mais simples fazer este investimento e há uma redução do tempo de retorno.
– Planejamento – O autoconsumo remoto permite usar os créditos gerados para outra localidade, desde que sob uma mesma titularidade. Ou seja, a organização pode se planejar e distribuir esses créditos conforme a sua necessidade, inclusive fazendo investimentos em locais com maior incidência solar.
– Valorização da marca – A energia solar é sustentável para o meio ambiente, pois não depende da água (um recurso em escassez no Brasil) e não polui o meio ambiente, caso das usinas termelétricas. Trata-se de uma contribuição para o planeta, que também pode ser usada do ponto de vista de valorização da marca.
– Sem surpresas – Recentemente, as bandeiras energéticas até ganharam novos nomes, pois extrapolaram os limites de aumento previstos inicialmente. Com esse investimento, há uma redução nas surpresas ao encontrar a conta de luz.Ficou interessado em saber mais sobre o autoconsumo remoto? Precisa de uma consultoria para entender melhor o tema. Entre em contato com a Solfus e fale com um de nossos especialistas.