Abraceel lança campanha #QueroEnergiaBarata
Entidade mostra a consumidores os benefícios da possível portabilidade de energia prevista no Projeto de Lei 414/2021 e como o consumidor pode pressionar a Câmara Federal por energia mais barata
A Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) criou uma campanha chamada de #QueroEnergiaBarata. Com o mote “você pode pagar mais barato na sua conta de luz”, o projeto se volta a consumidores residenciais e para pequenas e médias indústrias e comércios, defendendo a possibilidade de que as residências e os negócios possam escolher o seu fornecedor de energia, visando a economia. Você pode conferir o site na íntegra aqui.
Uma das defesas da entidade é pelo Projeto de Lei 414/21, que visa aprimorar o modelo regulatório e comercial do setor elétrico com vistas à expansão do mercado livre, além de dar outras providências. De forma simples, o PL reduz as exigências para que os consumidores de menor porte possam escolher os seus fornecedores, a exemplo do que já acontece no Mercado Livre de Energia. A Abraceel pretende pressionar a Câmara para acelerar o trâmite da iniciativa.
A alegação da entidade é de que a aprovação do PL poderia tornar em até 40% a energia mais barata. Entre os argumentos usados pela entidade para a mudança, estão:
– 8 em cada dez brasileiros gostariam de escolher o seu fornecedor de energia;
– 63% dos consumidores trocariam de fornecedor, caso tivessem essa possibilidade;
– 84% dos brasileiros consideram a energia muito cara;
– 9 em cada dez brasileiros têm interesse em gerar energia dentro de casa.
Além disso, o site traz um simulador de economia, indicando quanto o consumidor poderia economizar com a possibilidade da migração de fornecedor. Há também a oportunidade de acompanhar o trâmite dos projetos de lei e assinar um abaixo-assinado em favor da medida. Veja, neste artigo, o status de projetos de lei de interesse para o setor de energia.
Liberdade reflete em energia mais barata
O Brasil é considerado a 55ª posição entre 56 países em um ranking sobre a liberdade de energia elétrica. Segundo a Abraceel, a possível aprovação do PL 414 poderia colocar o país na 4ª colocação – sendo que do 1º ao 36º lugar estão países que dão total autonomia aos consumidores, se aproximando de Japão, Alemanha e Coréia do Sul.
A alegação da entidade é que, baseada em uma experiência global, a abertura integral do mercado livre de energia poderia reduzir em até 30% a conta de luz dos consumidores. Atualmente, esta possibilidade é reservada aos chamados grandes consumidores – que pagam mais de R$ 90 mil/mês na conta de energia, o que representaria aproximadamente 6 mil residências.
Novos interesses
Não se trata apenas de pagar menos, mas também de priorizar determinadas fontes de energia. Com a possibilidade de escolher o seu fornecedor, o consumidor poderia adotar hábitos mais sustentáveis, optando por uma companhia focada em entregar energia gerada a partir da água, sol ou vento, por exemplo.
Esta possibilidade é restrita aos chamados consumidores especiais, que precisam contratar o equivalente a 500 kW – ou a energia gerada por cerca de 1,7 mil residências.
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