25/02/2019

Brasil importou mais energia em 2018

Imagem: Pexels

Crescimento da importação de energia em relação a 2017 foi de 28%, segundo o ONS; tendência de 2019 é que o país precise recorrer ainda mais aos vizinhos Argentina, Uruguai e Paraguai

Em 2018, o saldo líquido do intercâmbio de energia com outros países foi negativo em 1.136 GWh, conforme dados do Operador Nacional do Sistema (ONS). Se o resultado for comparado ao de 2017, houve um crescimento de 28%. E a tendência de 2019 é que a importação de energia se torne ainda mais necessária, sobretudo se for levado em conta a situação dos reservatórios e um possível aumento da demanda de energia, com a retomada da economia e aumento do PIB.

Esse mecanismo de intercâmbio de energia visa “aproveitar melhor as disponibilidades de recursos energéticos regionais”, de acordo com os balanços mensais divulgados pela ONS. As conexões são feitas com os sistemas argentinos, uruguaios e paraguaios – nesse último, especialmente por intermédio da Itaipu, usina na qual o país vizinho tem direito a 50% da produção de energia, como é possível compreender neste artigo.

O propósito dessa relação é permitir a troca de energia entre os países, em uma relação positiva para os dois lados. Se uma nação está com folga em sua produção, ela pode suprir a necessidade do vizinho, seja em emergências ou em um eventual aumento da demanda. Neste artigo, o blog da Solfus apresenta os dois principais motivos que levam o Brasil a importar energia – e não necessariamente recorrer às termelétricas.

Cenário desfavorável

Com a estiagem que vem afetando o país, é de se imaginar que, em 2019, a “balança energética” poderá ser ainda mais desfavorável ao Brasil, que depende, em grande parte, da produção de suas hidrelétricas. Em meados de fevereiro, o volume útil do subsistema Sudeste/Centro-Oeste estava em 25,92%; no Sul, o índice era de 38,14%; no Nordeste, 42,09%; e no Norte, 34,92%. Esperavam-se índices mais elevados, especialmente nas bacias que estão em seu período úmido/chuvoso.

Além disso, para 2019, há uma previsão da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) de aumento da demanda de energia em 3,6% – uma estimativa de aumento médio anual até 2023. Esses dados se devem às projeções de retomada da economia do país, o que está diretamente relacionado ao consumo de energia, sobretudo devido ao aumento da necessidade de empresas e, principalmente, da indústria.

Nesse sentido, a possibilidade de importação de energia – inclusive do Paraguai, que não é capaz de absorver toda a produção de Itaipu – é uma garantia de que o país terá o fôlego e a estrutura necessária para suprir as suas necessidades. Neste ano, o calor excessivo levou a um aumento do uso da energia. Em 30 de janeiro, foi batido o recorde de carga no Sistema Interligado Nacional, com 90.525 MW de demanda máxima, às 15h50. O recorde anterior tinha sido estabelecido em 23 de janeiro, com carga de 89.114 MW.

Está interessado em garantir o suprimento de energia de sua empresa a valores mais interessantes? Já pensou em ingressar no Mercado Livre de Energia ou gerar a sua própria energia? Entre em contato com a Solfus e conheça os benefícios.

Whatsapp