Crise estimula migração para o Mercado Livre de Energia: saiba os cuidados a serem tomados
2021 tem a segunda maior média de adesões no período, atrás apenas de 2016; CCEE indicou aumento de 18% no total de consumidores. Mas será que é o momento certo de migrar?
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O Mercado Livre de Energia se tornou um caminho obrigatório a ser considerado para as companhias em função do aumento do custo da energia. No Mercado Livre, as organizações podem escolher o seu fornecedor livremente – pela legislação, aqueles com demanda a partir de 1,5 MW ou, caso consuma 500 kW até 1,5 MW, devem escolher fontes incentivadas, como a solar ou a eólica.
Com a recente crise hídrica e aumento dos preços da tarifa de energia no mercado cativo – em bandeira vermelha –, muitas companhias passam a olhar com bons olhos a possibilidade de migração. Não à toa, os dados até maio de 2021 mostram que o ano tem a segunda maior média de adesões, atrás apenas de 2016.
Em maio, o mercado livre fechou com 9.232 consumidores, o que representa aumento de 18% na comparação com o mesmo período do ano passado, conforme os dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Se for levado em conta a quantidade de unidades consumidoras habilitadas, houve aumento de 32% referente a maio de 2020.
Momento adequado para a migração para o Mercado Livre?
Em uma situação preocupante do abastecimento de energia no país, que exige o acionamento das usinas térmicas, será que a migração para o Mercado Livre ocorre em um momento adequado?
Responder essa questão não é tão simples assim, pois as negociações envolvem uma série de variáveis específicas de cada contrato. De maneira geral, porém, o cuidado a ser tomado envolve o volume de energia contratado. Se ele permanecer dentro do limite, o impacto deve ser mínimo.
Por outro lado, se o consumo for maior do que o contratado, há a possibilidade de pagar uma grande diferença pelo consumo excedente. O motivo? A necessidade de quitar o Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) – que pode acrescer demais ao valor planejado que se gastaria.
Esse cenário pode ser preocupante, especialmente para companhias que avaliaram mal a demanda de energia para o futuro. Com o aumento da vacinação, há a possibilidade de um aumento do consumo da população, que se reverte em menos ociosidade das plantas e, consequentemente, mais gasto de energia. Este movimento já está sendo sentido pelos segmentos de comércio e serviços.
Veja outros três cuidados a serem tomados
Listamos três fatores a serem analisados em uma potencial migração para o Mercado Livre de Energia:
Perfil de consumo – Cada companhia conta com especificidades do seu negócio, e o Mercado Livre apresenta ofertas distintas. O ideal é buscar apoio de uma consultoria em Mercado Livre para identificar o seu perfil e qual proposta se alinha melhor aos propósitos comerciais.
Cronograma de Adequação de Cabine – A migração nem sempre acontece na velocidade esperada. As distribuidoras costumam solicitar 180 dias para adequar o Sistema de Medição e Faturamento da empresa para ingresso ao Mercado Livre.
Vigência contratual – Conheça o prazo de validade do contrato com a distribuidora. Em caso de rescisão antecipada, a multa é alta. E, se não houver comunicação de desejo de rescisão com 180 dias de antecedência, o contrato se renova automaticamente por novos 12 meses. É preciso estar atento.
Está considerando fazer a migração para o Mercado Livre de Energia? Entre em contato com a Solfus. Nossos especialistas estão prontos para compreender as particularidades do seu negócio e garantir um contrato que se reverta financeiramente para o seu negócio.