Ferramenta permite acompanhar investimentos em leilões desde 2005
Imagem: Aneel
Entre 2005 e 2019, houve o investimento de R$ 352,3 bilhões em diferentes empreendimentos, o que teria gerado aproximadamente 1,28 milhão de empregos
De 2005 a 2019, foram realizados 40 leilões de energia em 25 estados do país. Esses certames somaram uma potência instalada de 86,6 mil megawatts ao Sistema Interligado Nacional (SIN), com um investimento atual, considerando a inflação do período, de R$ 312,7 bilhões. Ao todo, a estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que divulgou o balanço desses quase 15 anos, é que o setor de energia elétrica tenha gerado 1,28 milhão de empregos, especialmente na implantação dos empreendimentos.
A soma de energia eólica, fotovoltaica e hidrelétrica chega a 54,6 mil megawatts de potência, com um investimento de R$ 246,6 bilhões, levando em conta o IPCA do período. O deságio médio desse período foi de 20,15%. Por outro lado, as fontes carvão, gás natural, óleo combustível e óleo diesel chegam a potência de 15 mil megawatts, com investimentos de R$ 48 bilhões.
Em uma base de dados interativa, a Aneel explica que a divulgação dos investimentos em leilões visa favorecer a transparência das informações e também a atratividade dos próprios certames. “A ação faz parte da estratégia de boas práticas no âmbito dos leilões promovidos pela Agência, entre as quais a melhoria da atratividade e competitividade dos leilões de expansão da geração e também de transmissão, por meio de ações e aprimoramentos regulatórios”, afirmou a Agência por meio de seu site oficial.
De acordo com a Aneel, esse tipo de trabalho visa aumentar a atratividade dos certames, com informações sobre os prazos para a implantação de instalações, a criação de mais modalidades de leilões de novos empreendimentos e o detalhamento da matriz de riscos nas concessões.
Mais previsibilidade e transparência
A ideia é que a ferramenta que permite acompanhar os investimentos em leilões seja ampliada ainda mais, recuperando investimentos e negócios efetivados pelos leilões de transmissão de energia elétrica desde 1999. Por meio dela, é possível observar relatórios e painéis interativos, fazendo buscas personalizadas, conforme a fonte, o tipo do empreendimento e a estimativa de empregos criados.
A divulgação dessas informações segue em linha com outras adotadas pelo setor de energia como um todo. Em abril, o Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou o calendário de compra de energia elétrica para o triênio de 2019, 2020 e 2021. A ideia visava incrementar a previsibilidade para permitir que os investimentos pudessem ser mais bem planejados e previstos de forma antecipada.
Mais players internacionais
Assim como em outros setores, a presença de investidores estrangeiros pode contribuir para o desenvolvimento do setor – inclusive players muito notórios do setor de energia em todo o globo. Nesse sentido, a divulgação de forma antecipada dos leilões e a possibilidade de avaliar os resultados dos processos permite aos possíveis investidores fazerem análises mais profundas e analisarem o interesse de investimento.
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