A evolução da inteligência artificial no setor de energia
Novas tecnologias estão revolucionando a tomada de decisão das empresas e até mesmo dos gestores públicos; explicamos alguns dos impactos da IA para o segmento energético
(Imagem: Pexels)
Quase três quartos (74%) das empresas de energia e serviços públicos estão explorando inovações tecnológicas em suas operações, de acordo com um estudo conduzido pela IBM. Entre elas, destacam-se as aplicações da inteligência artificial no setor de energia, que são variáveis: desde monitoramento e governança, passando por questões internas, como a área de recursos humanos.
Nos últimos anos, termos como inteligência artificial, big data, machine learning, entre outros, deixaram de ser usados como possibilidades de futuro para se tornarem realidade na rotina do setor elétrico. Independentemente da tecnologia, há uma premissa envolvida que não pode ser esquecida: ela requer energia elétrica para operar.
Portanto, o segmento de energia elétrica é um insumo básico para garantir que as inovações possam acontecer em qualquer área – incluindo ela mesma. A adoção da inteligência artificial no setor de energia se destaca em 5 pontos principais:
– Automação de processos
– Segurança e detecção de ameaças
– Monitoramento e governança
– Business analytics e busca por mais inteligência
– Automação de documentos
Para identificar o potencial de novas tecnologias e suas eventuais aplicações, a Aneel lançou um guia de maturidade tecnológica, que segue alguns dos critérios usados pela Nasa no desenvolvimento de produtos e serviços. Saiba mais neste artigo do blog!
Quatro aplicações da inteligência artificial no setor de energia
Há diversos caminhos viáveis para o uso de inteligência, mas alguns deles costumam se destacar:
1. Monitoramento do consumo energético
A partir do histórico, é possível prever a demanda futura com exatidão, assim como identificar e corrigir eventuais desperdícios de energia. Isso, por exemplo, é muito prático para otimizar as decisões do volume de energia e outros critérios relacionados à contratação no mercado livre de energia. Inclusive, a presença de uma gestora pode ajudar as empresas neste primeiro momento, como explicamos neste artigo.
Assim como ocorre em outros setores, a inteligência artificial aumenta a capacidade preditiva dos negócios, tornando as operações mais inteligentes e eficientes. Esse cuidado vale tanto para as empresas quanto para o poder público do Brasil, na definição dos critérios de abastecimento, conforme as fontes energéticas disponíveis.
Descubra a importância da informação de qualidade no planejamento energético do Brasil!
2. Manutenção preditiva
Imagine uma distribuidora de energia e suas dezenas de milhares de equipamentos distribuídos na área de operação. É possível, sim, estabelecer uma rotina de manutenção preditiva desses dispositivos. A inteligência artificial no setor de energia permite, porém, a identificação de sinais de que os equipamentos estão prestes a falhar, como picos de consumo e outros critérios.
É possível estabelecer critérios e informações de alerta para que as manutenções preditivas sejam realizadas de acordo com esses dados. É claro que também é possível manter uma rotina de cuidados periódicos, mas esse monitoramento via sensores permite um olhar mais apurado e uma atuação mais segura.
3. Implementação de estratégias de sustentabilidade
Em um contexto de ESG, a inteligência artificial no setor de energia é uma excelente aliada para a implementação de estratégias voltadas ao aumento da eficiência energética e da redução de emissões. Sem contar, é claro, a busca por evitar o desperdício de energia, de gás e água, entre outros.
Na busca por mitigar os impactos causados pelas atividades, muitas organizações apostam em ajustes no fornecimento de energia para garantir uma redução das pegadas de carbono – assim como outras medidas para mitigação total.
Nesse contexto, a inteligência artificial pode ser usada para se obter um monitoramento contínuo do consumo energético e outros critérios usados para avaliar o impacto da empresa. Com esses dados em mãos, é possível definir as medidas necessárias.
4. Cidades inteligentes
Há uma relação direta entre o setor de energia e as chamadas cidades inteligentes – as smart cities. Isso porque os postes de luz e outras estruturas devem ganhar cada vez mais aplicações específicas para os municípios: câmeras para segurança e monitoramento de trânsito, por exemplo.
Dessa forma, a inteligência artificial no setor elétrico tem impacto direto na mobilidade urbana dos municípios. Imagine centrais de monitoramento e acompanhamento das cidades tomando decisões em semáforos inteligentes para melhorar o fluxo de determinada via, de acordo com o volume de veículos naquele momento.