O que esperar do 1º leilão de energia de 2023?
Agendado para 30 de junho, certame prevê 9 lotes de obras em 7 estados do país, com projeção de arrecadação de R$ 15,7 bilhões e geração de 30 mil empregos
(Foto: Pexels)
Está agendado para o dia 30 de junho o primeiro leilão de energia de 2023. Ao todo, a expectativa do governo é de que sejam arrecadados R$ 15,7 bilhões em investimentos voltados a 9 lotes de obras em 7 estados do país. Os contratos serão vigentes ao longo de 30 anos, com obras que devem durar entre 36 e 66 meses, a depender do projeto.
Entre os projetos contemplados, serão licitadas as concessões para construção e manutenção de 6.184 quilômetros de linhas de transmissão e 400 megavolt-ampéres (MVA) em capacidade de transformação de subestações. As obras devem ser realizadas na Bahia, no Espírito Santo, em Minas Gerais, em Pernambuco, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Sergipe. Confira os projetos contemplados neste link.
Uma das perspectivas é que o 1º leilão de energia de 2023 contribua para a geração de quase 30 mil novos empregos. Ao site do Ministério de Minas e Energia (MME), o Secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento, Thiago Barral, afirma que o objetivo do governo é garantir o suprimento de energia e incentivar a transição energética de forma sustentada.
“Os investimentos em transmissão devem viabilizar o ingresso de energia renovável no sistema nacional e diminuir os custos para o consumidor”, disse. Para definir as iniciativas contempladas, o MME coordena um esforço conjunto entre outros órgãos, como a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Leilão de energia de 2023: a principal forma de contratação do país
Conforme explicamos neste artigo do blog, os leilões são a principal forma de contratação de energia do país desde 2002. A ideia é que os investimentos previstos pelo governo se ajustem às demandas do país – oferta e consumo — e do mercado – em relação a preços e a projetos –, incluindo questões relacionadas à descarbonização da economia, incentivo a novos modais energéticos, entre outras possibilidades.
De certa forma, um certame é um indicativo do que o país espera para o futuro, especialmente em um setor como o de energia – e outros considerados estruturantes. Com projetos longos e custosos, os contratos contemplam décadas de serviços para que a iniciativa privada possa ser devidamente remunerada pelo investimento realizado.
Em 2021, por exemplo, a Agência Nacional de Energia Elétrica incluiu pela primeira vez a produção de energia a partir de resíduos sólidos urbanos. Explicamos em detalhes, neste artigo do blog, os projetos que integravam o certame e os desafios em gerar energia a partir de resíduos sólidos.
Estima-se, que ainda em 2023, outros investimentos de R$ 21 bilhões sejam anunciados pelo governo federal, assim como já há projeção de R$ 17,5 bilhões para 2024.
Desde 2004, foram realizados 89 certames no país, segundo um caderno da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que se dividem entre leilões de energia existente, de energia nova, de fontes alternativas, de energia de reserva, de ajuste, de projetos estruturantes, entre outras possibilidades.
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