Retomada da economia traz boas previsões para o setor energético
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Relatório do ONS e da EPE apontam um aumento do PIB, que vai resultar na recuperação da indústria e do aumento do consumo das áreas comercial e residencial
Com uma previsão de aumento do Produto Interno Bruto (PIB) em uma média superior a 2% de 2018 a 2022, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgaram a previsão do planejamento da operação energética para esse período.
Como já mostramos neste artigo, o consumo de energia elétrica está diretamente relacionado ao momento econômico vivido pelo país. O cenário adverso enfrentado nos últimos anos reduz a necessidade de energia, especialmente se setores importantes estiverem desaquecidos, caso da indústria. Por outro lado, se não houver planejamento adequado da demanda, a falta de energia pode atrapalhar a retomada econômica, o que indica a importância de uma responsabilidade mais específica com esse setor.
Em ascensão
De acordo com os dados do Sistema Interligado Nacional (SIN), o período entre janeiro e outubro teve um crescimento de demanda de 0,6% na comparação com o mesmo momento de 2017. No último bimestre de 2017, a expectativa era de um aumento de 2,3% na comparação com 2016, chegando a uma ampliação de 0,9% do SIN.
Estima-se que, até 2022, o consumo do SIN deverá crescer à uma ordem de 3,8% ao ano. Um dos principais responsáveis por esse resultado é a indústria, especialmente a de alumínio primário. Além disso, não se trata apenas da indústria, mas as classes residencial e comercial devem contribuir neste sentido, com uma taxa de crescimento de cerca de 4%.
Segundo o boletim, “o maior nível de confiança numa recuperação mais consistente da economia deve contribuir para o melhor desempenho dos investimentos, especialmente em infraestrutura”, diz. “Além disso, a retomada da atividade abrirá espaço para novos investimentos, à medida que o nível de ociosidade for diminuindo, e contribuirá positivamente para a melhoria no mercado de trabalho e, consequentemente, melhor desempenho do consumo das famílias”, acrescenta.
Conforme a análise, a queda na taxa de inflação e nos juros fazem com que haja uma ampliação da renda disponível, o que incentiva o consumo. Dessa forma, dois setores em especial podem ser beneficiados, os comércios e os serviços. Com isso, a projeção do consumo na rede atinge, no ano 2021, um valor 1,8 TWh acima do previsto na 2ª Revisão Quadrimestral do período 2017-2021.
Melhora das expectativas
A carga de energia do SIN para o ano de 2018 apresenta previsão de crescimento de 3,7% frente ao ano anterior, situando-se 105 MW médios acima do valor previsto na 2ª Revisão Quadrimestral da Carga para o Planejamento Anual da Operação Energética para o período entre 2017 e 2021. Para o período de 2018 a 2022, prevê-se um crescimento médio anual da carga de energia do SIN de 3,9% ao ano, significando uma expansão média anual de 2.784 MWmédios.
Dados
Projeção para o PIB
2018 – +2,6%
2019 – +2,6%
2020 – +2,7%
2021 – +2,8%
2022 – 2,8%
Carga de Energia Média