O que é eficiência energética
Documento da EPE mostra alguns dos critérios adotados para se determinar a eficiência energética; conceito do país pode ser replicado para a iniciativa privada
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Um dos termos que está em voga é a busca pela eficiência energética. Seu propósito é simples: fazer mais (ou a mesma quantidade) com menos. No caso da área de energia, significa gerar a mesma quantidade de energia com menos recursos naturais ou realizar um mesmo serviço com menor consumo energético.
Em artigo recente no blog, mostramos que o custo da energia elétrica é apontado como um dos principais entraves para a competitividade da indústria no Brasil. No entanto, este cuidado também está na perspectiva do poder público. Para tal, é preciso compreender o que é eficiência energética e quais métricas são adequadas para monitorá-la.
Pode soar teórico demais, mas é complicado focar na melhoria da eficiência energética sem identificar critérios adequados para esta análise, especialmente em um contexto macroeconômico. Alguns critérios que demandam indicadores são:
– Avaliação de políticas públicas e programas com essa finalidade;
– Acompanhamento e monitoramento de metas;
– Desenvolvimento de programas de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) e Eficiência Energética (PEE);
– Modelos de previsão de demanda.
Indicadores de eficiência energética
A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apresentou alguns indicadores importantes e o conceito de eficiência energética que pode ser adotado ao longo do país. Para isso, há uma análise que parte do macro para o micro.
Inicia-se avaliando a chamada Intensidade Energética Nacional, que mede a demanda energética de economia para prover bens e serviços. Seu cálculo é a razão entre a oferta interna de energia e o PIB de um determinado período.
“Como cada setor econômico demanda uma quantidade diferente de energia para gerar uma unidade de valor adicionado e o crescimento da atividade de cada setor pode ser diferente, mudanças na estrutura da economia alteram a intensidade energética do País, independente de ganhos de eficiência energética nas tecnologias ou processos”, afirma a EPE.
“Portanto, utilizar a intensidade energética como uma proxy da eficiência pode causar distorções e, portanto, a comparação internacional deve ser realizada com cautela”.
Logo, utiliza-se a decomposição desses dados para se atingir valores mais realistas. Isso é importante especialmente devido à característica de cada setor, que tem uma necessidade e demanda. Nesse contexto, avalia-se a Intensidade Energética Setorial. Depois, partem-se para análises mais minuciosas e específicas, como: Eficiência Subsetorial, por planta ou por unidade operacional.
Outros fatores relevantes de eficiência energética
O consumo de energia não pode ser avaliado de forma individual. É preciso entender quais critérios geram impacto, caso de:
– Ciclos econômicos, que podem trazer visões mais eficientes ou ineficientes da capacidade instalada;
– Clima, especialmente em um país dependente das chuvas e da energia hidrelétrica como o Brasil;
– Temperatura, que impacta em outros fatores climáticos e no próprio consumo.
Além de outros dados subjetivos e nem sempre tão mensuráveis, como fatores comportamentais e sociais. Estas informações auxiliam a nortear os investimentos feitos no setor nos últimos tempos.
No entanto, a fim de fazer um benchmarking com outras nações, costuma-se usar o indicador Odex, um índice de conservação energética adotado por países da União Europeia.
Nele, selecionam-se indicadores de produção física e uso final de energia, monitorando a variação desses dados de um ano para outro e ponderado pelo consumo total. “Dessa forma é possível comparar indicadores com unidades diferentes, seja por domicílio, produção física ou número de veículos, e minimizar efeitos estruturais”, explica a EPE.
Embora estejamos falando de uma visão macro sobre a energia, o mesmo conceito pode ser dividido e aplicado para as empresas, identificando oportunidades de melhoria em seu segmento.
Quais os benefícios da eficiência energética?
E por que o Brasil ou mesmo as empresas deveriam aumentar a eficiência energética? Existem várias vantagens deste aporte.
– Redução de gastos com energia;
– Aumento de produtividade e competitividade para negócios e de renda disponível para famílias;
– Mais resiliência das empresas envolvidas com o setor;
– Ampliação de prazos para investimentos em expansão;
– Geração de empregos;
– Redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE): menos dano à natureza e impacto para a saúde da população.
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