20/03/2024

Como funciona o sistema de compensação de energia solar?

Como funciona o sistema de compensação de energia solar?

Com um acompanhamento da energia gerada, a compensação de energia solar garante a injeção das sobras para a distribuidora ao mesmo tempo que o abastecimento quando a produção é insuficiente

(Imagem: Pexels)

Não é segredo que muitas empresas – e até mesmo residências – estão investindo em suas próprias estruturas para gerar energia a partir do sol. No início de 2022, o Marco Legal da Geração Distribuída levou a uma corrida para a instalação dos geradores de energia solar a fim de garantir um subsídio pelas próximas décadas.

Vale lembrar a definição de microgeração distribuída e da minigeração distribuída:

– Microgeração distribuída – Central geradora de energia elétrica, com potência instalada, em corrente alternada, menor ou igual a 75 kW e que utilize cogeração qualificada ou fontes renováveis de energia elétrica, conectada à rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras.

– Minigeração distribuída – Central geradora de energia elétrica renovável ou de cogeração qualificada com potência instalada, em corrente alternada, maior que 75 kW e menor ou igual a 5 MW para as fontes despacháveis e menor ou igual a 3 MW para as fontes não despacháveis.

Explicamos mais sobre o Marco Legal e as operações de energia solar neste artigo do blog.

A possibilidade do excedente

Quando uma empresa produz a própria energia elétrica em micro ou minigeração distribuída, é possível imaginar dois cenários mais comuns:

– A quantidade de energia gerada é insuficiente para o abastecimento da unidade e haverá a necessidade de adquirir o restante da distribuidora ou via mercado livre de energia.

– A quantia de energia gerada supera a capacidade de consumo da unidade. Neste caso, existe a possibilidade de devolver este excedente, com um sistema de compensação de energia.

Por isso, se a empresa ou residência tem interesse em implantar um sistema de geração de energia solar, é preciso comunicar a distribuidora e adequar o plano às regras de distribuição.

Este sistema de compensação de energia precisa ser estruturado de modo a permitir a injeção de energia para a distribuidora dentro dos parâmetros estabelecidos. Ou seja, cria-se uma demanda para a gestão de energia.

Você sabe o que é eficiência energética? Explicamos em detalhes no blog!

Como são feitos os cálculos

Por meio dele, é possível calcular qual foi o excedente devolvido à distribuidora, que será compensado posteriormente – seja na próxima fatura ou com um crédito energético. Na prática, o sistema de compensação de energia solar integra dois bancos de dados: o da concessionária e o do próprio equipamento. Nesse contexto, este acessório é considerado um medidor bidirecional.

É preciso lembrar que o excedente pode ocorrer em determinados momentos – durante o pico de sol, por exemplo – e haver “falta” de energia em outros momentos. Ou seja, é preciso que o sistema de compensação de energia solar esteja conectado a todo o momento para controlar tanto a injeção na distribuidora quanto o recebimento de energia, a depender do momento.

É justamente esta informação – a quantidade injetada e a consumida – que vai determinar se a empresa ou residência tem uma tarifa a ser paga ou créditos a serem abatidos no sistema. Em todos os casos, porém, o cliente tem a obrigação de bancar as taxas mínimas relacionadas à distribuição de energia, que estão previstas por lei.

Na maioria dos casos, mesmo que o sistema de geração de energia solar não garanta o abastecimento completo de uma unidade, ele vai reduzir os custos energéticos.

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