Tecnologia aumenta segurança e inteligência na gestão de energia
Monitoramento constante permite perceber falhas em sistemas de forma muito mais rápida e encontrar soluções para diversos problemas, incluindo desvios ilegais de energia
Imagem: Pexels
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) percebeu um aumento das chamadas perdas comerciais de energia entre 2015 e 2020, últimos dados disponíveis. O índice era de 13,9% em 2015 e atingiu 16,3%. É como se toda a população do estado do Paraná – cerca de 11,5 milhões de habitantes — pudesse ser abastecida com energia durante um ano somente com esses desvios.
Esses patamares dão a dimensão do problema, conforme explicamos neste artigo do blog. Em matérias recentes publicadas nos jornais Valor Econômico e Extra, a Light investiu em equipamentos dotados de sensores ligados a uma central de monitoramento, que não podem ser abertos apenas pela chave de serviço, pois também demandam liberação remota.
Eles pesam 240 quilos e são a prova de tiros, visando impedir o furto de energia. De acordo com a empresa, as instalações clandestinas e fraudes geram custos de R$ 600 milhões por ano. Com esse tipo de medida, a perspectiva é de reduzir em até 40% os furtos. Atualmente, são 1,3 mil aparelhos no Rio de Janeiro e Baixada Fluminense (Nova Iguaçu, São João de Meriti e Caxias).
O projeto foi iniciado em março de 2021, com investimento de R$ 50 milhões. São cerca de 1,3 mil unidades, que garantem luz a 23 mil clientes. A expectativa é estender esse atendimento a 80 mil usuários até o fim do ano. Nas áreas onde foram instaladas, o prejuízo reduziu de 53% para 11%, com aumento das ligações regulares.
Recentemente, um estudo desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas mostrou que, no estado do Rio de Janeiro, de cada R$ 100 pagos em energia elétrica, R$ 10 eram destinados a cobrir esse tipo de furto: leia a matéria na íntegra.
A ação da Light está em linha com o conceito de uso da tecnologia para melhorar a qualidade de vida das pessoas, em um contexto de cidades inteligentes.
O que são cidades inteligentes?
Smart cities, ou cidades inteligentes, são sistemas de pessoas que interagem, fazendo a gestão de energia, de serviços e de recursos, para catalisar o desenvolvimento econômico e focar na melhoria da qualidade de vida. Essa é a definição de smart cities usada pela União Europeia.
A partir dessa mudança e desses investimentos, as administrações públicas ganham a capacidade de otimizar sua infraestrutura, incrementando a qualidade dos serviços ofertados à população nas mais diversas áreas, garantindo uma gestão de energia e seu fornecimento, respeitando os direitos do consumidor.
Em alguns casos, a não entrega de energia pode até gerar a obrigação de indenização pela distribuidora.
No caso da energia elétrica, o objetivo é reduzir custos e otimizar investimentos, aumentando a qualidade dos serviços oferecidos e propiciando uma capacidade maior de gestão por parte da administração pública ou empresas.
Não se trata apenas de investir em novas lâmpadas de LED – com maior qualidade, menor gasto e capazes de se ajustar –, mas o propósito é que as cidades invistam na gestão de energia. Com essa tecnologia, é possível que cada poste ajuste a quantidade de energia ao seu local de atendimento ou ao nível de luminosidade necessário.
Esse tipo de cuidado e controle não é exclusivo para a iluminação pública, pois pode ser estendido a diversas áreas: monitoramento da cidade e do transporte público, controle de tráfego de veículos e da frota pública, de estacionamento rotativo, entre tantas outras possibilidades viáveis a partir do uso inteligente da tecnologia.
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