31/07/2023

Custo da energia é apontado como principal entrave para a competitividade industrial

Custo da energia é apontado como principal entrave para a competitividade industrial

Estudo da Fiesp indicou que o valor pago pela energia elétrica supera inclusive a burocracia brasileira como um dos maiores entraves para o segmento

Imagem: Pixabay

O custo da energia elétrica apareceu como o principal desafio para as indústrias, segundo pesquisa recente realizada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Com 413 entrevistados, o insumo – necessário a todos os negócios – foi o mais destacado pelos dois perfis de organizações pesquisadas: as indústrias com faturamento de até R$ 30 milhões e aquelas acima deste volume.

O valor da energia elétrica superou outros entraves considerados importantes pelo segmento industrial, como a burocracia brasileira, o custo do frete rodoviário, ausência de mão de obra e falta de qualificação técnica. É possível checar a pesquisa na íntegra neste link.

Em relação ao custo da energia elétrica, a Fiesp sugere cinco iniciativas para os seus filiados:

– Incentivo à autogeração (energia eólica, solar) e o uso de fontes alternativas, como biometano;

– Realizar a negociação no mercado livre de energia;

– Criar uma comercializadora de energia: essa empresa obteria escala na negociação no mercado livre, oferecendo condições e oportunidades especiais para o setor industrial;

– Desenvolver ferramentas para aproximar fornecedores e consumidores em prol do ganho de escala;

– Ampliar programas de eficiência energética.

As informações foram obtidas a partir de uma entrevista realizada no mês de maio de 2023.

Energia já foi alvo de reclamação

Uma sondagem da Federação das Indústrias de Tocantins em parceria com a Confederação Nacional da Indústria apontou que a carga tributária e o custo da energia eram as principais dificuldades para os empresários do ramo industrial crescerem em 2018.

A pesquisa visava analisar o impacto de políticas públicas sobre o setor. À época, quase a totalidade dos empresários – 99% — perceberam a elevação do custo da energia nos últimos 12 meses.

Para um terço das indústrias consultadas, o custo da energia chegou a subir de 21 a 30% naquele período, afetando o custo de todo o processo produtivo. Além disso, esse valor é repassado para o preço dos produtos, fazendo com que a competitividade do setor se reduza.

“O alto custo da energia e a qualidade do fornecimento já foram citadas em sondagens anteriores como gargalos à produtividade industrial. Essa pesquisa especial, com foco neste tema, vem reforçar como a energia elétrica impacta a indústria, até mesmo para se discutirem soluções”, explicou a gerente da Unidade de Desenvolvimento Industrial da Fieto, Greyce Labre.

Soluções tentadas

A busca pela otimização no consumo de energia surge como principal solução para lidar com os aumentos do custo da energia. Na linha de serviços oferecidos pela Solfus, há uma série de opções que podem ser tentadas pelas indústrias a fim de lidar com essa variação. Confira, segundo a pesquisa, os principais projetos investidos pelas empresas para lidar com essa dificuldade:

– Programas e ações de eficiência energética apareceram em 78% dos casos;

– Investimento em autogeração foi a tentativa em 7%;

– Em 4% dos casos, a substituição de fonte de energia apareceu como plano;

Negociações no mercado livre de energia, que, inclusive, podem auxiliar em um contexto de ESG.

Neste artigo, apresentamos 13 maneiras de economizar energia na indústria.

Energia elétrica X Carga tributária

Embora seja um retrato de apenas um estado, o fato de o custo da energia ser comparado à carga tributária é revelador, especialmente em um país com uma das legislações mais altas e complexas do globo.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) colocou o Brasil, por seis anos seguidos, como o pior país no retorno à população dos impostos – em um comparativo com os outros 30 países com a maior carga tributária do mundo.

O estudo avaliou a carga tributária em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) – a riqueza produzida no país – e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – que mede a qualidade de vida da população. Outros dados importantes:

– 30% das empresas que usam energia elétrica em seu processo produtivo consideram o impacto do aumento da tarifa de energia no custo da produção foi alto;

– 38% das empresas buscaram algum tipo de medida para lidar com esse aumento;

– 45% tiveram falhas de fornecimento em seu processo produtivo;

– 74% das empresas sofreram falhas no fornecimento;

– 96% compram energia elétrica da distribuidora local.

Está buscando entender melhor o consumo energético da sua empresa? Procura soluções para reduzir os custos? Entre em contato com a Solfus!

 

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