19/09/2024

Os principais números do setor elétrico brasileiro, segundo o boletim de monitoramento do MME

Os principais números do setor elétrico brasileiro, segundo o boletim de monitoramento do MME

O documento consolida os principais dados do sistema energético brasileiro em 2023: confira os números em capacidade instalada e geração de energia

(Imagem: Freepik)

O boletim de monitoramento do Ministério de Minas e Energia consolidou os principais dados do sistema energético brasileiro em 2023. Já mostramos que, ao longo do ano passado, os subsídios representaram 13% da fatura de energia. Mas você quer saber mais informações sobre a energia no Brasil?

Se quiser checar na íntegra os dados deste post, basta acessar este link. Mas fique conosco no restante deste artigo, que vamos resumir as principais informações!

– Capacidade instalada

A expansão da capacidade instalada de geração de energia elétrica foi de 19,7 GW, sendo que as fontes renováveis representaram 96% dessa expansão. Chama a atenção o impacto do mercado livre de energia dentro deste quesito, com 68% de ampliação da capacidade, especialmente com o investimento em fontes eólica e solar.

Ao fim de 2023, o sistema energético brasileiro atingiu 225 GW, um crescimento de 10% em relação a 2022, sendo que 85,5% são oriundos de fontes renováveis, como hidrelétricas, eólicas, solares, usinas de biomassa e geração distribuída.

Quer saber como funciona o mercado livre de energia? Explicamos em detalhes neste artigo!

– Geração de energia

O Boletim de Monitoramento do MME aponta que, no total, em 2023, foram gerados 650 GWh, o que representa um aumento de 5,8% em relação ao ano anterior. Deste total, cerca de 93% foram provenientes das fontes renováveis – uma ampliação de 1,4%.

A energia hidrelétrica representou 65,1% do total, demonstrando a importância e a dependência que o setor tem deste tipo de energia, mesmo com a expansão dos demais modais.

– Linhas de transmissão

Atualmente, o Brasil conta com 185,5 mil linhas de transmissão. A título de comparação, em 2019, o número de quilômetros era de 150 mil – ou seja, uma grande evolução em um período de cinco anos.

– Consumo

Existe uma separação no consumo de energia do país entre o mercado livre e o cativo, como aponta o Boletim de Monitoramento do MME.

Vale ressaltar que, em números brutos, o ambiente cativo (ACR) conta com um volume mais elevado de consumidores, capitaneado pelas residências e empresas que não se enquadram nos critérios do mercado livre. Em 2023, as casas contabilizaram 25% do consumo do país.

Entretanto, as empresas de maior porte, caso de indústrias, empresas, shoppings, condomínios e armazéns logísticos, se enquadram como grandes consumidores, sendo abastecidos no mercado livre de energia. Como demonstramos neste artigo, ao fim de 2023, cerca de 38 mil unidades consumidoras integravam o ambiente de contratação livre (ACL). O segmento industrial representou 29% do consumo.

Não é à toa, portanto, que hoje esse volume de pouco menos de 40 mil unidades representa 40,1% do consumo de energia no país. O restante está dentro do mercado regulado tradicional.

– Intercâmbios

Um dos acontecimentos pouco comuns de 2023 está dentro do que o Boletim de Monitoramento do MME apresenta na área de intercâmbios internacionais. O país registrou uma ampliação de 71% na exportação de energia, especialmente para a Argentina e o Uruguai. Ao todo, esses recursos geraram um volume financeiro de R$ 1,3 bilhão, com 819,4 MW médios.

A importação – que já foi adotada em outros anos, especialmente em épocas de seca – foi praticamente nula, com apenas 1 MW médio, aponta o Boletim de Monitoramento do MME.

– Leilões

Dois grandes leilões de transmissão foram realizados: um em junho e outro em dezembro.

O primeiro resultou no arremate de 9 lotes, somando 6,1 mil kms de linhas de transmissão, com um deságio médio de 50,97% e investimentos estimados em R$ 15,7 bilhões.

Já o segundo englobou outros 3 lotes, contendo 4,5 mil kms de linhas de transmissão. O deságio médio, neste caso, foi de 40,85%, que devem contabilizar aportes de R$ 21,7 bilhões.

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