Dados do Mercado Livre indicam crescimento em 2023
Quais foram os setores que mais consumiram por ramo de atividade econômica? Mostramos os resultados do primeiro semestre e o que eles dizem sobre a economia do Brasil
Imagem: Pexels
Em 2023, o mercado livre de energia teve um crescimento de 23%, de acordo com a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel). Segundo o boletim, no início de janeiro de 2024, ambiente de contratação livre somava 37.965 unidades consumidoras — com uma adesão de 7.044 negócios em todo o ano de 2023.
Vale ressaltar que as regras que flexibilizaram a a migração para o mercado livre de energia passaram a valer apenas no início de janeiro de 2024. Explicamos com detalhes os negócios que podem fazer a transição para o ambiente livre neste artigo do blog.
Ao longo de ano de 2023, o mercado livre de energia atingiu 36% do total de energia consumida no país, representando um aumento de 8% em seu consumo em relação ao período anterior. O índice, porém, está dentro da média, mesmo com o crescimento do número de empresas neste ambiente.
Estima-se que 90% dos negócios de perfil industriam contratem energia dessa modalidade. No ano passado, o setor de saneamento se destacou em relação a essa expansão. Este número não acontece por acaso: a redução no custo da energia pode chegar a 57% em relação ao mercado cativo.
Mercado livre de energia em 2023: uma consolidação
Os dados finais de 2023 apenas corroboram os resultados do primeiro semestre.
Nos primeiros seis meses do ano passado, o Brasil consumiu 66.760 megawatts médios de energia elétrica, o que representou um crescimento de 1,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e podem ser checados neste artigo no site da instituição.
Na avaliação da entidade, o avanço se deveu ao bom momento econômico do país, beneficiado pelas “exportações da indústria mineradora e pelo crescimento das atividades do comércio e dos serviços”, disse a entidade. Esta ampliação cobriu o menor consumo energético do setor residencial em função das temperaturas amenas, que levaram a “uma menor demanda de utilização de ar-condicionado”.
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A força da indústria mineradora, entre outros segmentos, reforçou o potencial do mercado livre de energia, que representou 37% do consumo energético no período e uma ampliação de 5,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Vale lembrar que o custo da energia já foi apontado como um dos principais entraves para o crescimento da indústria no Brasil.
Em 2022, o ML havia sido responsável por 35,5% do consumo. Com isso, é possível afirmar que o ML segue sendo uma força dentro do setor energético.
Há tendência de que mais empresas busquem a migração para o mercado livre em função de sua abertura e pela possibilidade de planejamento de custos fixos com um insumo necessário às corporações. Dentro dessa realidade, a consultoria é um caminho importante para que a migração para o mercado livre ocorra de forma eficiente, garantindo bons retornos.
Quem puxou o crescimento no primeiro semestre?
Alguns setores foram responsáveis por puxar esse crescimento, como indica o gráfico produzido pela CCEE:
Os pilares deste crescimento foram dez grupos: saneamento, comércio, extração de minerais metálicos, serviços, alimentícios, metalurgia, manufaturados, bebidas, transporte e telecomunicações. “O ramo de saneamento também apresentou taxa elevada de aumento, mas que é reflexo das migrações de grandes consumidores do segmento para o ambiente”, diz a CCEE.
Mais do que um comparativo entre os setores no período estipulado, os dados servem de referência para previsões sobre a economia do país. Neste artigo, tratamos da relação direta entre os índices econômicos e o consumo de energia elétrica.
Do ponto de vista das perspectivas, esses dados chamam a atenção por dois fatores: (1) o setor de madeira, papel e celulose costuma estar relacionado ao reaquecimento da economia em razão de lidar diretamente com embalagens; por outro lado, comércio e serviços são os que mais empregam pessoas, segundo o IBGE, o que pode ampliar o consumo de energia.
Dentro da lógica energética, se mais pessoas estão trabalhando, há mais consumo, mesmo com o alto custo deste insumo no país, abrindo também a possibilidade de migração para o mercado livre e geração da própria energia.
Está interessado em fazer a migração para o mercado livre e conseguir planejar adequadamente os custos fixos do seu negócio? Converse com a Solfus, que vai te auxiliar em todas as etapas necessárias nesta transição!