13 dicas para economizar energia na indústria
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Confira ações para economizar energia na indústria, o que pode representar até 40% do processo produtivo
O Balanço Energético Nacional (BEN), desenvolvido pelo Ministério de Minas e Energia (MME), estimou, nos últimos anos, que a indústria representa 40% do consumo energético de todo o Brasil. Além disso, uma pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) mostrou que, dependendo da área de atuação, o custo da energia pode representar até 40% do custo do processo produtivo. Mas é possível economizar energia na indústria?
Há uma lógica para se atingir esse patamar no consumo energético: quanto mais complicado o processo produtivo e maior a necessidade de equipamentos, mais representativo é o valor da energia elétrica. Por esse motivo, processos considerados complexos, como a siderurgia, estão entre os que mais gastam energia elétrica.
Nesse contexto, toda indústria deve considerar investimentos para otimizar a sua produtividade e levar em conta o custo-benefício desses aportes. No caso dos recursos voltados à área energética, equipamentos mais modernos podem ser mais atrativos, especialmente no médio e longo prazo, mas há outros caminhos viáveis para economizar energia na indústria.
E o melhor: parte desta redução no consumo energético pode até se integrar à estratégia de ESG da indústria, conforme explicamos neste artigo.
Veja 13 medidas para economizar energia na indústria:
1. Negocie o contrato de fornecimento de energia
Boa parte das indústrias se enquadra como grande consumidor de energia. Neste caso, ela está dentro dos critérios estabelecidos pelo Mercado Livre de Energia. Neste ambiente de contratação de energia, existe a possibilidade de negociar o modelo de fornecimento, as formas de pagamento, um consumo mensal e até mesmo a fonte de produção.
Para tal, é importante que a empresa conte com o suporte de uma Consultoria em Mercado Livre, evitando ser prejudicada, não obter o desconto desejado ou cometer equívocos na transição. Historicamente, as empresas que integram o ambiente livre costumam garantir reduções dos gastos com energia, o que vem contribuindo para a sua expansão.
2. Gere a sua própria energia
O Brasil está ampliando a sua capacidade de geração de energia solar – sendo que algumas regiões do país se mostram ainda mais propícias, como o Nordeste. Os investimentos do país e das empresas na última década provam isso.
Muitas fábricas podem investir em uma assessoria para a geração de energia. Dessa forma, mesmo que a indústria não consiga suprir sua demanda, a produção própria vai reduzir a tarifa, auxiliando a economizar energia na indústria.
Outro caminho viável é a autoprodução solar – confira os detalhes para atuar neste modelo neste artigo.
3. Faça o dimensionamento da rede elétrica
O dimensionamento correto da rede elétrica se enquadra como um bom caminho para economizar energia em uma indústria. Dentro da necessidade empresarial, é possível definir a tensão adequada para suprir as diferentes necessidades e, se for possível, investir em um projeto luminotécnico para reduzir o risco de superaquecimento ou outros tipos de problemas.
4. Aproveite a iluminação natural
Qual é o layout da sua planta? Ele contempla a iluminação natural?
Incluir janelas, claraboias, entre outros elementos, faz com que a sua fábrica seja iluminada pela luz natural ao longo do dia, sem a necessidade de uso de lâmpadas em determinados momentos.
Outras dicas são:
– Invista em iluminação fluorescente compacta ou LED nos ambientes fechados. Embora sejam acessórios mais caros, eles são mais eficientes e trazem retorno com o passar do tempo.
– Adquira dimmers ou outros dispositivos capazes de controlar a quantidade de energia para cada área da indústria. Com o nível de iluminação ideal, além de reduzir o gasto energético, há tendência de que os colaboradores se tornem mais produtivos.
– Opte por cores claras na pintura para tornar o ambiente mais claro e aconchegante.
5. Invista em isolamento térmico
O isolamento térmico é uma boa estratégia para evitar custos demasiados com o ar-condicionado ou aquecimento. Com esse investimento, a companhia consegue manter a temperatura interna dentro de um padrão, exigindo menos dos aparelhos responsáveis por manter a temperatura em níveis adequados.
Pesquisas apontam que os sistemas de aquecimento, de ventilação e de ar-condicionado (HVAC, na sigla em inglês) podem representar até 30% do consumo energético.
6. Proteja as condensadoras do ar-condicionado
No layout da sua companhia, contemple pequenas coberturas para que a luz solar não incida diretamente sobre o ar-condicionado. Se as condensadoras não estiverem em contato direto com o sol, elas ficarão menos aquecidas e utilizarão menos energia para resfriar o ar. É importante também que o planejamento seja feito de modo que eles não fiquem em locais abafados.
7. Reaproveite a energia gerada
A indústria precisa manter um forno constantemente aceso? É possível instalar algum tipo de equipamento que mantenha essa água aquecida e seja usada, por exemplo, nos chuveiros destinados aos trabalhadores ou para o refeitório da companhia.
Assim como mencionado no início deste artigo, esses investimentos podem parecer caros, mas eles precisam ser analisados com um viés de médio ou longo prazo devido aos benefícios trazidos com o passar do tempo.
8. Faça manutenção preventiva dos equipamentos
Há uma lógica verdadeira para tudo na vida: prevenção é sempre mais barata do que a correção.
Lembre-se de incluir manutenções constantes nos equipamentos necessários ao seu processo produtivo, mesmo que haja a necessidade de interrompê-lo temporariamente. Parar a produção de forma planejada é menos custoso do que quando há algum problema, além de garantir que os equipamentos estejam sempre operando da forma adequada.
9. Invista em novos equipamentos e com selos de consumo energético
Substituir equipamentos antigos por modernos costuma resultar em mais produtividade e eficiência energética.
Use novamente o raciocínio do custo-benefício: tente planejar em quanto tempo o retorno do investimento se dará. No momento de adquirir equipamentos, busque pelos selos de conservação energética – como o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) –, que são avaliados por esse grau de cuidado com a energia.
10. Instale sensores de presença
Se a sua fábrica não opera no período noturno, mas os equipamentos devem permanecer ligados, é possível instalar sensores de presença para que a iluminação só funcione quando alguém estiver de passagem ou mantendo áreas estratégicas em operação. O mesmo raciocínio vale para áreas externas ou ambientes que não necessitam de iluminação constante.
11. Faça uma boa gestão de energia
Investimentos nesta área devem ser mensurados. De nada adianta readequar sua planta, instalar sensores de presença ou adquirir equipamentos mais atuais, se não for feita a medição e a gestão de energia para se tornar uma vantagem competitiva.
Para ter sucesso nessa estratégia, as empresas podem necessitar de uma consultoria tanto para mensurar investimentos quanto para planejar ações para reduzir o consumo de energia elétrica.
12. Crie um manual para os funcionários
Estabeleça um manual de boas práticas para colaboradores. Mantenha ligado apenas os equipamentos estritamente necessários, como servidores, e oriente para que os computadores e outros equipamentos sejam desligados fora do expediente (período noturno, finais de semana e feriados, por exemplo).
13. Conheça os seus direitos e deveres como consumidor
Entenda aquilo que é sua obrigação e o que deve ser fornecido ao seu negócio pela concessionária. Recentemente, a Aneel aprovou a Resolução 1000/2021, que estabelece direitos e deveres para os consumidores de energia. Contamos os detalhes desta mudança neste artigo do blog.
Precisa de orientação para reduzir seu gasto com energia elétrica? Entre em contato com a Solfus e conheça o nosso serviço de consultoria.